Entrevista completa do Harry para a revista Another Man com Chelsea Handler


Aqui está tradução na íntegra da entrevista de várias páginas que Harry deu para a revista Another Man, colocarei todas em diferentes posts que serão linkados na sequência ao final de cada reportagem. 
A primeira delas aconteceu por telefone com a apresentadora e também amiga próxima de Harry, Chelsea Handler, em Los Angeles. Aproveitem essas poucas linhas cheias de Harry Styles!

A RAINHA DOS PROGRAMAS DE AUDITÓRIO CHELSEA HANDLER ENTREVISTA HARRY SOBRE A VIDA EM LA, SOBRE A VIDA AMOROSA DELE E SOBRE O QUE EXISTE APÓS A MORTE

CHELSEA HANDLER: Oi, querido! Que saudades de você!

HARRY STYLES: Oi! Também estava com saudades. Como vai a vida?

CH: Eu tive uma longa noite, noite passada. Nós fizemos um grande jantar festivo para o meu programa, então todo mundo estava aqui até, tipo, 3 horas da manhã. E agora o meu personal trainer está chegando em aproximadamente uma hora. Você acredita que nós temos o mesmo personal trainer?

HS: Sim, eu acredito; nossos corpos são muito parecidos.

CH: Nós temos quase o mesmíssimo corpo.

HS: Faz sentido.

CH: Mas você sabe que eu sou mais forte que você, não é?

HS: Tenho certeza.

CH: Sim, eu sou. Então, você acabou de fazer um filme. Eu ouvi falar que você passava o dia inteiro filmando em água fria congelante.

HS: Sim! Mas foi divertido, apesar disso.

CH: Como foi? Você estava nervoso?

HS: Sim, eu estava nervoso. Mas está indo bem, eu acho.

CH: Então eu quero ouvir sobre como você decidiu fazer o filme.

HS: Eu atuei na escola. É algo que eu sempre quis explorar, mas eu estava ocupado com a banda, então eu nunca senti que tinha tempo para fazer isso do jeito certo. Quando nós decidimos dar um tempo, eu pensei que eu poderia ver se isso daria certo. É um desafio, mas é bom estar fora da minha zona de conforto.

CH: Como foi o seu primeiro dia no set? Você devia estar assustado, né?

HS: Meu primeiro dia no set foi tão frio, tinha areia nos meus olhos, foi intenso. O filme é realmente ambicioso. Simplesmente me chocou ver o quão grande é todo o processo.

CH: Te faz se sentir meio que pequeno.

HS: É, totalmente. Até mesmo chegar para pegar o almoço e ver centenas e centenas de pessoas ali sentadas te faz perceber a dimensão de tudo.

CH: Minha amiga me disse que o melhor diretor com o qual ela já trabalhou foi Christopher Nolan. Ele ser a primeira pessoa com a qual você começa a atuar é incrível.

HS: Sim, eu me sinto sortudo por estar envolvido nisso. Parece ser um projeto realmente muito legal. Eu sou um grande fã dos filmes dele; eu estou meio que fascinado com ele. Ele tem uma mente incrível, a forma como ele faz as coisas funcionarem. Ele claramente faz tanta pesquisa, e eu acho que é por isso que ele não simplesmente lança um monte de filmes. Isso definitivamente elimina um pouco do nervosismo — você sabe que se você fizer alguma coisa errada, ele vai te falar.

CH: Eu sei que você é muito reservado, como você se adaptou à sua falta de anonimidade?

HS: Eu acho que há uma ou duas formas diferentes de abordar isso. Algumas pessoas não deixam que isso as incomode de forma alguma. As pessoas dirão que a falta de privacidade é um dos lados da questão, e que você tem que aceitar isso da forma como é. Eu simplesmente gosto de sair tranquilamente com amigos e família. Eu não acho que eu sou estranho em relação a isso, eu simplesmente gosto de passar o tempo com amigos. É isso o que é normal para mim.

CH: Você passa muito tempo em LA (Los Angeles), a cidade é exatamente o que você pensou que seria?

HS: Eu acho que ela é um lugar ruim para visitar. As pessoas vão lá por uma semana e dizem que a odiaram. Quando você pergunta a elas o que elas fizeram, você entende completamente o porquê de elas terem odiado, porque elas fizeram as coisas mais esquisitas. É definitivamente um lugar em que você pode se meter em umas merdas estranhas, mas eu tenho uns amigos que se mudaram para lá a trabalho, então eu tenho esse grupinho legal de pessoas lá. O clima é constantemente incrível. Quando você cresce na Inglaterra, se está um dia ensolarado a sua mãe chega tipo “Está fazendo sol, você tem que sair da cama agora mesmo”. Em LA, você se levanta todo dia e está assim. Você acaba tendo uma vida cheia de coisas agradáveis para fazer. Você não se incomoda tanto em ter que ir para o trabalho.

CH: Então você sente que vai se casar e ter filhos?

HS: Esse assunto veio simplesmente do nada.

CH: Bom, essa é a nossa conversa. É exatamente como qualquer uma das conversas que nós temos.

HS: Na verdade, foi bem sutil, vindo de você. Estou meio decepcionado, pra ser sincero.

CH: Bem, não se preocupe com isso. Eu não me importo se você está decepcionado comigo.

HS: Ah. Bom, eu acho que sim. Provavelmente.

CH: Você pensa “Quando eu encontrar a pessoa certa”? Ou você pensa “Eu vou ter tantas experiências quanto possível e vou namorar tantas pessoas quanto for possível”? Você pensa em ter uma família?

HS: Eu mal posso esperar por um dia em que isso seja realidade para mim, eu espero ter isso em minha vida. Por enquanto, eu sinto que você aproveita mais as experiências quando você está com pessoas com as quais você realmente quer estar e com as quais você realmente se importa. Eu estou gostando de trabalhar neste momento, e se você está gostando de trabalhar, você deveria aproveitar isso ao máximo. Eu estou gostando de estar no estúdio e de estar fazendo esse filme e eu não estou muito preocupado sobre sair de férias. Eu me sinto bem sortudo neste momento. Eu me sinto bem em relação a tudo o que aconteceu com a banda, eu não tenho nenhuma reclamação ou arrependimento.

CH: Acabou? Vocês vão fazer mais alguma coisa juntos?

HS: Eu não sei. Quando nós começamos, as pessoas sempre perguntavam “Onde vocês acham que estarão daqui a cinco anos?”

CH: Deus, eu odeio essa pergunta!

HS: As pessoas sempre perguntam, né? É uma pergunta difícil de responder. Eu nunca diria que nós nunca mais vamos fazer nada, mas é bom para nós, estar explorando coisas diferentes. Talvez em algum momento todo mundo queira fazer alguma coisa de novo, mas é melhor se isso acontecer naturalmente, tipo, “Hey, nós todos realmente queremos fazer isso de novo”. Se isso acontecesse, seria incrível. Eu nunca descartaria isso. É a maior e mais importante coisa que já aconteceu comigo, fazer parte daquela banda. Mudou a minha vida completamente.

CH: Quer dizer, você parece ser uma pessoa bem espirital para mim, tipo, um espiritual hippie. Eu não sabia se você era religioso.

HS: Estou feliz por você ter dito isso, eu sinto como se todo mundo que diz “eu sou espiritual” soasse meio babaca. Mas sim, eu definitivamente me considero mais espiritual do que religioso. Eu não sou super preso a certas regras, mas eu acho que é ingênuo dizer que nada existe e que não há nada acima de nós ou mais poderoso que nós. Eu acho que isso é um pensamento um pouco estreito.

CH: Você é uma dessas pessoas que acham que tudo acontece por um motivo?

HS: Eu definitivamente acredito em carma. Eu acho que dizer que “tudo acontece por um motivo” é difícil, porque tem um monte de merda acontecendo no mundo que é tão injusta. Então é difícil olhar para essas coisas e pensar “Bom, tudo acontece por um motivo”. Mas eu definitivamente acredito que existe alguma coisa — que não somos só nós. Porque, sabe, é meio louco pensar que somos só nós. Eu não estou dizendo que eu acredito em alienígenas, mas você sabe o que eu quero dizer. Você é religiosa?

CH: Não! Mas eu acredito em carma e em energia, e eu acredito que as pessoas fazem coisas acontecerem, porque existe magia demais. Mas por outro lado, há tanta tristeza que é difícil compreender o raciocínio por trás de tudo. Eu acho que toda pessoa que tem um cérebro pensa nisso… Mas então, voltando a quando você estava se apresentando com a One Direction. O que faz um ótimo show e o que faz um show não-tão-ótimo? Você já saiu do palco e sentiu, tipo, que aquele não foi um show muito bom?

HS: Se você dá tudo de si, então é difícil sair do palco e pensar “Isso foi realmente uma merda”. Eu só meio que me envolvo. Eu sempre queria que as pessoas se divertissem. Eu amo ir a shows e ouvir música ao vivo. Você sente como se tivesse uma responsabilidade – você tem esse palco e um lugar para dizer alguma coisa e a forma como você usa isso é importante.

CH: Você tem uma lembrança preferida de quando estava no palco?

HS: Tocar nesses grandes estádios quando você só vê um mar de pessoas, aquela vista… Você para por um momento e deseja que você pudesse trazer todos os seus amigos para ficar de pé lá com você por um instante e ver aquilo. Não há nada como aquilo. Não existe nenhuma droga que você possa tomar que dá o mesmo barato. É bem impressionante que seja uma coisa natural. Os sentimentos voltam a você – a vista, as pessoas. É legal ter esses momentos específicos na sua cabeça para relembrar.

CH: Além disso, às vezes você perde desses momentos. Quando você está tão ocupado e você está na estrada fazendo um milhão de shows, às vezes quando acontece, você não estava prestando atenção. Eu sempre fico tipo, “Esse é outro daqueles momentos, preste atenção, preste atenção!” É algo tão raro e a maioria das pessoas nunca tem a chance de experimentar algo como isso. Algumas pessoas nunca quereriam.

HS: Sim, não há livro ou lição que você aprenda na escola que te ensine a lidar com ou mesmo a processar isso. Coisas assim são surreais. Esses momentos definitivamente voltam a você, seja um mês, seja um ano depois.

CH: Ah, merda! O personal trainer está aqui! Ele acabou de descer do carro.

HS: Bem, obrigado por ser tão decente.

CH: Ah, bom, eu só estou tentando fazer você parecer bem.

HS: Eu aprecio isso, obrigado.

Confira a segunda parte da entrevista, aqui.